terça-feira, 26 de novembro de 2013

A Exortação “Evangelii Gaudium” encerra o Ano da Fé!



A Exortação Apostólica Evangelii Gaudium – primeiro documento oficial do Papa Francisco, depois da encíclica a quatro mãos sobre a fé – será entregue no próximo domingo por Jorge Mario Bergoglio a um bispo, a um sacerdote e a um diácono depois da missa que se celebrará na Praça São Pedro, no marco do encerramento do Ano da Fé. Sua apresentação oficial será no dia 26 de novembro.




A reportagem é de Luca Rolandi e publicada no sítio Vatican Insider, 18-11-2-013. A tradução é de André Langer.

A notícia foi dada pelo arcebispo Rino Fisichella, presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, confirmando os outros “sinais” escolhidos pelo Pontífice para o encerramento do Ano da Fé: a oração com as monjas camaldulenses em um mosteiro no Aventino, no dia 21 de novembro, o dia dedicado aos catecúmenos, que decidiram receber o batismo cristão, no dia 23 de novembro, e a exposição das relíquias de São Pedro, no dia 24 de novembro.

O religioso falou sobre a solene celebração do próximo domingo que começará às 10h30 na Praça São Pedro. O sinal mais importante desta iniciativa: “A exposição das relíquias de São Pedro. O Ano da Fé foi concebido como uma peregrinação ao túmulo de Pedro. Os peregrinos detiveram-se diante do túmulo e professaram a fé, sinal da unidade da Igreja e síntese do conteúdo de quanto cremos”.

Após assinalar que é impossível descrever em sua plenitude o que se viveu em âmbito local, o presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização referiu-se a micro iniciativas que em todo o mundo evidenciaram quão viva permanece a fé dos fiéis, como testemunho da piedade e do profundo sentido religioso. O magistério do Concílio Vaticano II, catequese sobre a fé, celebrações, testemunhos de caridade, atividades culturais. Tudo fica como sinal que atesta o compromisso dos cristãos no mundo. Este Ano da Fé foi realmente uma experiência de graça e de gratidão ao Senhor, que ficará nos corações. Recebemos testemunhos comoventes de fé também nos lugares mais escondidos, de pobreza, de sofrimento, onde os cristãos são uma pequena minoria. A fé uniu e permitiu recordar a todos o fundamento do nosso crer: Jesus Ressuscitado, esperança para uma vida nova.

Um compromisso ao qual a Igreja é chamada. Crer significa comunicar a outros a alegria do encontro com Cristo. A Exortação Apostólica do Papa, pois, converte-se em uma missão que vem encomendada a todos os batizados para se converterem em evangelizadores. Simbolicamente, o Papa entregará o texto a um bispo, a um sacerdote e a um diácono; provêm, respectivamente, da Letônia, da Tanzânia e da Austrália e são dos mais jovens que foram recentemente ordenados.

Também participarão “religiosos e religiosas e seguirão representantes de cada evento deste Ano da Fé: crismados, um seminarista e uma noviça, uma família, alguns catequistas, um cego (que receberá a carta do Papa Francisco no formato de áudio), alguns jovens, fraternidades, movimentos”, explicou Rino Fisichella.

Foi justamente o Papa, pessoalmente, quem havia pré-anunciado sua exortação, em 04 de junho passado, quando recebeu a secretaria do Sínodo dos Bispos para enfrentar os temas da exortação pós-sinodal que o Pontífice tradicionalmente escreve ao término das reuniões sinodais extraordinárias.
A última, do ano passado, centra-se no tema da “nova evangelização” e Bento XVI não havia composto ainda a exortação quando apresentou sua renúncia. “Há um problema”, explicou o Papa: “agora deve sair uma encíclica, a quatro mãos, dizem... o Papa Bento a começou e ma entregou. É um documento forte, eu direi ali que recebi este grande trabalho: ela foi iniciada por ele e eu a continuei”. Publicar “neste momento” a “exortação pós-sinodal” poderia correr o perigo de sobrepor-se e a exortação poderia ficar de certo “oculta”.

“E depois – prosseguiu o Papa –, pensei que o Ano da Fé terminará (no dia 24 de novembro de 2013) sem um belo documento que pudesse nos ajudar. Pensei em fazer uma exortação sobre a evangelização em geral e acrescentar-lhe as coisas do Sínodo”. Um texto, em síntese, que resume as ideias do Sínodo, mas que compreenda, novamente, o tema da nova evangelização.


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